Na última quinta-feira, 26 de março, teve início a programação 2015 do Cinema no Arquivo, com a exibição do filme A Memória que me contam, de Lucia Murat. Entre os objetivos do projeto está apresentar o cinema a estudantes, frequentadores, funcionários e público em geral como fonte de cultura e agente transmissor de conhecimento.
Filmes que dialoguem tanto com temas ligados ao acervo do APERS e às pesquisas realizadas com esses acervos quanto com filmes pouco conhecidos do grande público, que estão fora do circuito comercial, estarão na programação, constituindo também uma atividade cineclubista.
Após a exibição, Jair Krischke, presidente da ONG Movimento de Justiça e Direitos Humanos – MJDH, falou para o público presente da importância do filme, que tem como protagonista uma ex-guerrilheira. Inspirado livremente em Vera Silvia Magalhães, o filme aborda, no tempo presente, as relações afetivas de um grupo que se rebelou contra a ditadura militar no Brasil, em 1968.
Jair Krischke respondeu não somente às perguntas feitas como foi mais além ao esclarecer pontos importantes, como a Comissão da Verdade, a questão dos desaparecidos, a guerrilha de Três Passos (que justamente neste dia 26 de março completava exatos 50 anos), a guerrilha do Araguaia, a questão da tortura e suas consequências, a operação Condor, o massacre indígena em nome de uma política de segurança nacional, por meio de ações ditas desenvolvimentistas, como a estrada Transamazônica, o projeto Carajás e o projeto Jari, e o contexto histórico mundial.
Ele salientou a importância deste projeto cultural que tem como uma de suas finalidades a de conscientizar a juventude de que um povo sem memória está condenado a repetir os mesmos erros do passado.
Confira abaixo as fotos do evento.
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