Hoje chegamos ao final de nossas postagens a respeito da II Jornada de Estudos sobre Ditaduras e Direitos Humanos abordando o último dia do evento, 27/04.

     Neste dia contamos com comunicações no turno da manhã, organizadas nas mesas intituladas Resistências e redes de solidariedade nas ditaduras do Cone Sul, e Outras experiências de repressão e resistência às ditaduras. No turno da tarde, com início às 14h, ocorreu a mesa redonda intitulada “Brasil nos ‘Anos de Chumbo’: estratégias de luta, resistência e sobrevivência”, com a participação dos professores Janaína de Almeida Teles (História/USP), Diorge Konrad (História/UFSM), Caroline Bauer (História/UFPel), com depoimento da ex-presa política, membro da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e militante dos Direitos Humanos Suzana Lisbôa, sob coordenação do professor Solon Viola (UNISINOS).

   Ao final do evento contamos com uma emocionante atividade de encerramento protagonizada pelo músico e ex-exilado político Raul Ellwanger, que compartilhou com todos seu depoimento mesclando palavras e canções, que levaram todos a refletir sobre o período das ditaduras no ambiente do Cone Sul, a resistência dos que lutaram contra ela, e as tarefas que ficam para nós hoje, em tempos de democracia, como o aprofundamento dos mecanismos de exercício democrático, o estudo e difusão do conhecimento histórico produzido sobre o tema, e a conscientização mais ampla possível a respeito dos direitos dos cidadãos, dos sérios limites necessários ao uso da violência por parte do Estado, da luta para que não se esqueça, e nunca mais aconteça!

   Compartilhamos também parte das duas últimas entrevistas realizadas com participantes do evento, hoje os acadêmicos Dante Guimarães Guazzelli, doutorando em história pela UFRGS, que apresentou durante as comunicações o trabalho “O malabarista, a farda e o nanquim: o governo Jango e golpe nas charges de Sampaulo publicadas no jornal Diário de Notícias em março e abril de 1964”, e a acadêmica Letícia Zavaschi, estudante de História na Pontifícia Universidade Católica RS e frequentou o evento como ouvinte.

APERS: Qual a temática do teu trabalho? Qual a relação com os outros trabalhos do evento?

Dante: Sou doutorando em história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e vim apresentar um trabalho que fiz ano passado, relativo a memória visual da ditadura no Rio Grande do Sul. Realizei um levantamento de imagens cujo o recorte são as charges do período do golpe feitas por San Paulo. Gostei bastante de apresentar, eu já havia apresentado na I Jornada e agora tive oportunidade de adquiri mais experiência. É muito interessante o dialogo entre diferente trabalhos que possuem o mesmo foco relacionando arte e ditadura.

APERS: Como está sendo participar da II Jornada de Ditadura e Direitos Humanos?

Letícia: Sou acadêmica de história da PUC-RS. Estou gostando muito do evento, que está sendo muito produtivo, agregando-me muitos conhecimentos, uma vez que trabalho no Arquivo Histórico do RS com a catalogação da documentação do ministro Tarso Dutra na época da ditadura militar.

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