Participe de nossa capacitação de oficineiros em Educação Patrimonial!

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A partir de hoje está aberto o período de inscrições para a segunda edição de 2014 da Capacitação de oficineiros, promovido pelo APERS em parceria com a UFRGS. O público-alvo são estudantes de graduação em História e demais áreas ligadas ao Patrimônio Cultural que estejam cursando a partir do 3º semestre, e o principal objetivo do curso de capacitação é oportunizar contato teórico e prático com a metodologia da Educação Patrimonial. Serão inscritos estudantes da disciplina de Estágio de Docência em História III – Educação Patrimonial, do curso de Licenciatura em História da UFRGS (que realizarão as atividades para cumprir seu estágio obrigatório), e demais interessados que pretendam receber certificado de 40h complementares.

O curso iniciará no dia 15 de agosto e está organizado em doze encontros. Os quatro primeiros são encontros teóricos, em que debateremos textos ligados à temática e conheceremos a metodologia das oficinas. Eles ocorrerão nos dias 15, 18, 20 e 22 de agosto, sempre às 14h, no auditório do APERS. O 5º e 6º encontro é reservado para a observação, em que os oficineiros devem acompanhar a realização de uma oficina pela equipe do Arquivo. A partir do 7º encontro ocorrerão as práticas, em que cada oficineiro acompanhará um pequeno grupo de alunos da Educação Básica ao longo de todo o turno da oficina, trabalhando com eles conceitos como memória, história, identidade e patrimônio, a partir de um documento pertencente ao acervo do Arquivo.

As inscrições devem ser feitas através do e-mail acaoeducativa@sarh.rs.gov.br, informando nome completo, instituição, curso, semestre e telefone para contato. Para acessar o cronograma, clique aqui. Participe!

 2014.07.30 Capacitação Oficineiros 2014.02

APERS? Presente, professor! – Herança de Pai para Filho: resistência e conquistas nos registros de testamento

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2014.07.30 Herança de Pai para Filho_BlogNesta quarta, estamos disponibilizando a sexta proposta pedagógica do Projeto APERS? Presente, professor! Ela está inserida dentro do eixo temático Cativeiro e Resistência – a escravidão negra no Rio Grande do Sul a partir de fontes arquivísticas e recebeu o nome de Herança de Pai para Filho: resistência e conquistas nos registros de testamento. Tem como proposta a problematização das formas de resistência e das possibilidades de conquistas agenciadas por negros escravizados dentro do sistema escravista e as rupturas e permanências das condições de vida da população negra em nosso país. Acesse aqui o arquivo da proposta.

Caso o professor tenha interesse em  acessar uma  cópia  na  íntegra  da  fonte  utilizada  na  construção  da  proposta,  clique  em:  processo 1, processo 2. Para acessar as propostas anteriores, clique aqui.

Ótimo trabalho professores!

Arquivos & conceitos: Gestão de documentos

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2014.07.30 Arquivos e conceito - Gestão

A gestão de documentos reúne os procedimentos realizados junto aos documentos acumulados organicamente desde sua produção/ recepção até sua eliminação ou guarda permanente, tendo práticas arquivísticas contínuas aos documentos recolhidos.

Entre seus objetivos estão: assegurar a produção, administração, manutenção e destinação dos documentos; garantir que a informação esteja disponível quando e onde for necessária a quem lhe é de direito; avaliar a documentação de acordo com seus valores, estabelecendo o seu destino em tabela de temporalidade; assegurar a eliminação dos documentos que não apresentem valor primário e secundário; e contribuir para o acesso e a preservação dos documentos que sejam de guarda permanente (LOPES, 1997).

De maneira geral a gestão de documentos se desenvolve em três fases: produção, utilização/ conservação e destinação. Conceitualmente estas fases se definem como:

  • Produção: ocorre na concepção e gestão de formulários, preparação e gestão de correspondência, gestão de informes e diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação e aplicação de tecnologias modernas a esses processos.
  • Utilização/ conservação: é a criação e melhoramento dos sistemas de arquivos e de recuperação de dados, gestão de correio e telecomunicações, seleção e uso de equipamentos, análise de sistemas, produção e manutenção de programas de documentos digitais e uso de automação nestes processos.
  • Destinação: consiste na identificação e descrição das séries documentais, estabelecimento de programas de avaliação e destinação de documentos, arquivamento intermediário, eliminação e recolhimento dos documentos de valor permanente.

Desta forma, a gestão documental possibilita a rápida localização da informação desejada, evitando o acúmulo de documentos que não apresentam valores que justifiquem sua guarda. Dentre os procedimentos da gestão documental, a classificação e a avaliação são primordiais para o êxito e racionalização deste processo. Conceitos que trataremos mais adiante!

XII Mostra de Pesquisa: Programação

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2014.07.23 Programacao XII Mostra     Divulgamos a programação preliminar da XII Mostra de Pesquisa do APERS, evento que ocorrerá no Arquivo Público do RS nos dias 09, 10 e 11 de setembro de 2014. Devido ao elevado número de trabalhos aceitos neste ano, acrescentamos um dia na programação para a apresentação dos mesmos. Clique na imagem para ler a programação.

     Participe como ouvinte! A inscrição é gratuita e com certificado. Faça sua inscrição através do email mostradepesquisa@sarh.rs.gov.br

Arquivos & Genealogia: Habilitações de Casamento

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Enquanto pensava em como iria apresentar as Habilitações de Casamento para vocês lembrei de uma sopa que comi num restaurante tailandês, as palavras que encontrei para descrever foram: – É uma explosão de sabores! Ao pesquisar um processo de Habilitação de Casamento é mais ou menos isto que pode acontecer: – Uma explosão de emoções!!

Comecemos então por uma definição do que é a Habilitação de Casamento. Gostei do que está na Wikipédia: “Habilitação de casamento, habilitação para o casamento ou processo de casamento é o conjunto de documentos apresentados pelos noivos ao cartório do Registro Civil para que possam contrair matrimônio. Os documentos necessários são dispostos pelo Código Civil vigente à data do pedido de habilitação.”(Clique aqui para acessar o link).

Em geral podemos encontrar num destes processos:

  • Certidão de batismo ou certidão de nascimento dos noivos;
  • Passaporte, se for estrangeiro;
  • Declaração de testemunhas quando não há documentação;
  • Autorização dos pais para o casamento;
  • Data do casamento;
  • Assinaturas.

Disponibilizamos alguns exemplos de habilitações de casamentos de um mesmo município, em condições e épocas diferentes. Vejam que interessante, em um deles há um documento militar (Processo 1), em que há uma descrição das características do noivo. Em outro há um passaporte da România (Processo 2), que necessitou de tradução oficial! Analisem as páginas dos processos e vejam o quão interessante pode ser pesquisar nestes documentos.

Duas vantagens em relação aos Processos de Habilitação de Documentos: você pode procurar pelo sobrenome do noivo no índice do site do APERS, e pode encontrar as imagens digitalizadas no site do FamilySearch! Muitos voluntários, genealogistas ou não, estão fazendo índices das imagens para facilitar as buscas! Junte-se a eles e doe algumas horas de seu tempo livre para confeccionar o índice do município de seu interesse.

Que sua busca seja um explosão de emoções!!!!

Processo 1

Processo 1

Processo 2

Processo 2

Processo 3

Processo 3

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AAAP: Nossa oficina “Origens” foi um sucesso!

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Agradecemos aos palestrantes, painelistas e ouvintes que tornaram a oficina “Origens – Oficina de Genealogia”, realizada em parceira entre o Arquivo Público do RS e a Associação de Amigos do APERS, um sucesso!

Pela manhã, Adriana Weber e Daniel Teixeira Meilleres Leite compartilharam com os presentes dicas aos interessados em realizar uma pequisa genealógica para que saibam como e onde começar a pesquisa, os dados básicos que devem coletar, as possibilidades de informação de acordo com as tipologias pesquisadas, as fontes documentais disponíveis no APERS e no RS, entre outras.

Na parte da tarde participaram como painelistas: Vanessa Gomes de Campos, representando o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul – IHGRS, Nélio Jair Schmidt do grupo de pesquisadores “GenealogiaRS”, Viviane Velloso da empresa de assessoria em pesquisas “Oficina das Origens”, José Rommano Conzatti Giordani do Circolo Trentino Di Porto Alegre, Elimar de Castro Insaurriaga, representando o Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas – IHGPel, e Vera Lucia Maciel Barroso, representando a Casa dos Açores. Os painelistas expuseram aos participante informações sobre noções de pesquisas e instituições que tratam de acervos das principais etnias do nosso Estado.

Abaixo disponibilizamos alguns materiais apresentados durante a oficina!

Daniel Leite

Daniel Leite

Viviane Velloso - Oficina das Origens

Viviane Velloso – Oficina das Origens

Vera Barroso - Casa dos Açores

Vera Barroso – Casa dos Açores

Vanessa Campos - IHGRGS

Vanessa Campos – IHGRGS

Elimar Insaurriaga - IHGPel

Elimar Insaurriaga – IHGPel

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Alguns participantes questionaram sobre como se associar a AAAP – Associação de Amigos do Arquivo Público. Então, para se associar deve-se preencher a Ficha de cadastro de novos sócios (clique aqui para acessar). O valor da anuidade é R$50,00 e deve ser paga no Banrisul Ag. 0100 CC. nº 06.260.287.0-7. Após o pagamento, enviar email para aaaprs@gmail.com, com a Ficha devidamente preenchida, informando o nome do sócio e a data do pagamento.

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Arquivos & Diversidade Étnica: AfricaNoArquivo I

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Como divulgamos em publicação no dia 12/02 (aqui), através da Associação dos Amigos do Arquivo o APERS conseguiu captar recursos para o projeto “AfricaNoArquivo” junto ao IBRAM, que somados a recursos da UFRGS via Edital Proext – MEC oportunizará, entre outras ações, a distribuição para escolas públicas de caixas pedagógicas contento reproduções de documentos de nosso acervo, jogo pedagógico, textos e um vídeo de apoio.

Após um minucioso trabalho de pesquisa e seleção de documentos, que vem sendo realizado desde abril, nossa equipe escolheu um conjunto de seis documentos que foram digitalizados, transcritos, serão impressos, plastificados e organizados nos kits, previstos para serem distribuídos entre a última semana de outubro e a primeira de novembro. Hoje, como forma de divulgar essa ação, e de já principiar o compartilhamento das informações constantes nos documentos escolhidos, iniciamos dentro da categoria Arquivos & Diversidade Étnica uma série com três postagens, neste e nos próximos dois meses, elaboradas a partir de parte desses documentos. Esperamos que estes posts contribuam para aguçar a curiosidade de professores, estudantes e nossos usuários em geral, de forma que desejem conhecer melhor esse projeto!

Começamos pela história de Antônio Gaia, preto forro de nação nagô, da Costa da Mina, que no ano de 1883 deixou seu testamento registrado na cidade de Rio Grande. Aparentemente este é mais um entre tantos testamentos que fazem parte do acervo do Arquivo Público. Porém, quando olhamos com mais atenção nos damos conta de seu potencial e riqueza. Ele registra com um bom grau de detalhes a vida de um homem das classes populares e oprimidas que, ao contrário de grandes líderes ou homens abastados, a princípio não teria sua trajetória registrada e sua história de vida discutida nos dias de hoje. A análise desse testamento pode trazer uma série de elementos para problematizar o contexto da escravidão no Brasil, a resistência dos escravizados, as brechas abertas no sistema escravista a partir da atuação desses sujeitos históricos.

Com seus “cincoenta e tanto de idade” e já adoentado, como declara Antonio, o ex-escravo decide registrar suas últimas vontades, demonstrando que possuía família – reconhecendo oficialmente uma filha natural e uma companheira –, bens e uma rede de relações com outras pessoas já alforriadas que parece lhe aferir status de um homem reconhecido entre os seus, capaz de acumular pecúlio e contribuir financeiramente para que outros indivíduos alcançassem a liberdade, como é possível acompanhar através da transcrição de parte do documento:

[folha 1] Declaro que tenho uma filha natural de nome Zeferina Gaia, havida da finada preta forra de nome Leopoldina, a qual minha filha natural n’este momento solene, reconheço e legitimo, como se filha legitima fosse, e a considero e a instituo por herdeira universal de tudo quanto possuo. Declaro que deixo ao preto forro de nome Claudino, filho da finada preta Leopoldina, a quantia de quatro centos mil réis. Declaro que o preto forro, de nação Mina, de nome Natasso Lubi Marinho, que foi escravo do Visconde Pereira Marinho, da Bahia, me é devedor da quantia de nove centos e cincoenta mil réis, dinheiro este que faz parte, do que dei pela sua liberdade (…) [folha 2] Declaro que deixo a preta forra Izalina, minha companheira, todos os moveis e roupa que existirem dentro de minha moradia, do tempo do meo fallecimento.

Tanto no trabalho de pesquisa quanto de ensino, nas diferentes formas de escrita da história, o caso de Antonio pode ser muito ilustrativo de uma série de relações estabelecidas no cotidiano escravista que dizem respeito às formas de negociação entre senhores e escravizados, assim como pode suscitar discussões sobre como era a vida das pessoas escravizadas naquele contexto – que de alguma forma permitia que uma parcela desses homens e mulheres alcançassem a liberdade –, sobre sua origem étnica e cultural, o lugar de onde ele veio (Costa de Mina) e os elementos pertencentes a tal sociedade no contexto em que foi trazido ao Brasil, as contribuições de matriz africana que com ele atravessaram o Atlântico, etc.

Essas e outras questões serão levantadas a partir do projeto em questão, ao qual temos nos dedicado com muito carinho no último período, levando para dentro das escolas um pedacinho do APERS. Assim pretendemos contribuir para que educadores e educandos possam explorar os potenciais dos documentos como fonte de informação, de produção de conhecimento, de experiências de ensino e aprendizado mais dinâmicas, investigativas e instigantes. Em breve compartilharemos aqui mais informações e ideias de abordagem a partir de tais documentos.

Exposição: Emoções

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2014.07.16 Cartaz Exposição Emoções

XII Mostra de Pesquisa APERS: trabalhos aceitos

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É com satisfação que divulgamos a lista de trabalhos aceitos para apresentação e posterior publicação na XII Mostra de Pesquisa do APERS. Para conferir, clique aqui.

O evento ocorrerá nos dias 09, 10 e 11 de setembro de 2014, no Arquivo Público. Em breve divulgaremos a programação completa, com cronograma de apresentação dos trabalhos. As inscrições para ouvintes são gratuitas, com direito a certificado. Mais informações através do e-mail: mostradepesquisa@sarh.rs.gov.br. Participe!

APERS conta histórias: O que tem Claudio Gutiérrez a nos contar?

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Nesta edição do APERS Conta Histórias, descreveremos a trajetória de militância política de Claudio Antonio Weyne Gutiérrez, que perpassa formação do movimento estudantil, das organizações de luta armada e suas estratégias de resistência, bem como o exílio tido como única alternativa de sobrevivência para alguns militantes que se submeteram a uma vida na clandestinidade.

6- Notícia PrisãoClaudio era um jovem estudante quando se deu o Golpe de 1964 e mesmo assim, participou intensamente do movimento estudantil que surgia naquele contexto. Sua primeira detenção ocorreu em 10 de maio de 1968, quando tentou encaminhar ao diretor do Colégio Estadual Júlio de Castilhos um abaixo-assinado que tinha por objetivo “reabrir” o Grêmio Estudantil da referida escola, quando o mesmo estava proibido de funcionar. Naquele momento Claudio foi encaminhado ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), onde ficou preso por aproximadamente três semanas. Mesmo o país ingressando num período extremamente conturbado, com a implantação do AI-5, sua militância se torna mais visível e é neste contexto que ele optou por ingressar em organizações denominadas de luta armada. Num primeiro momento participou da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) e posteriormente ingressou na Aliança Libertadora Nacional (ALN).

Ele é novamente detido pelo DOPS em dezembro de 1968, pois segundo documento da Subsecretaria de Inteligência, estaria junto a outros elementos em um carro roubado. Nesta ocasião, permaneceu nas dependências do DOPS até fevereiro do ano seguinte. No processo de indenização Claudio relata que durante este período o mantiveram confinado num porão, em condições degradantes com cerca de 150 homens e que sofreu constantes espancamentos. Mesmo após sua libertação, sofria contínuas perseguições e por este motivo decidiu se exilar no Uruguai, onde solicitou asilo político e posteriormente a cidadania por ser filho de uruguaio.

7- Correio do PovoO fato de estar em outro país não garantiu sua segurança, sua prisão foi decretada pelo governo do Rio Grande do Sul e através de ação conjunta entre as polícias brasileira e uruguaia, Gutiérrez foi detido como podemos verificar através de reportagem publicada no jornal uruguaio De Frente, de novembro de 1969. Na notícia em questão fica clara a violação de asilo político por parte do governo uruguaio. Afim de não ser trazido novamente às dependências do DOPS, Claudio não vê outra saída e numa atitude extrema, cortou os pulsos. De certa forma, este gesto garantiu sua sobrevivência, visto que foi internado num Hospital Militar no Uruguai e esta notícia foi amplamente divulgada fazendo com que seu retorno para o Brasil naquele momento fosse impedido. Permaneceu internado até janeiro de 1970 e neste mesmo ano exilou-se em outros países da América Latina vivendo em clandestinidade na Argentina, Bolívia e Chile.

Segundo Claudio Gutiérrez, sua atuação política contra as ditaduras sul-americanas trouxeram-lhe marcas que ficarão por muito tempo vivas em sua memória. As diversas prisões, a clandestinidade e o constante medo de ser preso desencadearam danos físicos e psicológicos, como por exemplo: dificuldade de relacionamento com outras pessoas, insônia, nervosismo e até mesmo um sentimento de culpa em relação aos companheiros que formam mortos pelo regime ditatorial. O processo administrativo de indenização que nos auxilia a contar a trajetória marcante de Gutiérrez integra também a Oficina de Educação Patrimonial Resistência em Arquivo: Patrimônio, Ditadura e Direitos Humanos.

XI Mostra de Pesquisa APERS: anais

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2014.07.16 Mostra de Pesquisa - AnaisEm 2013 realizamos a XI Mostra de Pesquisa do APERS, que gerou publicação organizada a partir dos trabalhos apresentados ao longo do evento. A solenidade de lançamento do livro ocorreu no APERS no dia 09 de junho.

Hoje lançamos a versão digital, que está disponível para download. Para baixá-lo, clique aqui.

Sala de Pesquisa APERS: software disponível para auxílio em pesquisas genealógicas

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Nos computadores da Sala de Pesquisa do APERS, está instalado o Personal Ancestral File – PAF. Trata-se de um software gratuito criado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para ajudar os seus membros e outros indivíduos a controlar informações históricas familiares.2014.07.16 PAF - Figura 1 - Construindo o banco de dados

Desse modo, os usuários do APERS podem desenvolver suas pesquisas genealógicas com o auxílio do PAF, pois este permite registrar, controlar e compartilhar informações sobre famílias, resultando em um banco de dados genealógico.

Neste banco de dados, é possível vincular uma pessoa a uma família, bem como famílias entre si. Também, é possível procurar e encontrar indivíduos específicos, além de informações sobre a pessoa pesquisada.

2014.07.16 PAF - Figura 2 - Adicionando um novo indivíduoAssim, por intermédio do PAF, é possível montar uma árvore genealógica, inserindo dados, como, por exemplo: nome e sobrenome de uma pessoa; filiação; data de nascimento, casamento e óbito; localidade dos respectivos registros e informações históricas. Além disso, pode-se inserir imagens para cada item da árvore genealógica que está sendo construída.

Ao final da pesquisa, o software permite salvar os arquivos criados, bem como importar e exportar outros arquivos. Também, pode-se classificar e pesquisar dados e compartilhá-los com outros programas que utilizem o formado GEDCOM. Os interessados em baixar o PAF em seu computador podem  clicar aqui.

APERS? Presente, professor! – Conexões Repressivas e Redes de Solidariedade: repressão e resistência no Cone Sul

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2014.07.09 Conexões Repressivas_BlogHoje disponibilizamos a quinta proposta pedagógica do Projeto APERS? Presente, professor que está inserida dentro do eixo temático A Resistência à Ditadura Civil-militar – das fontes arquivísticas para a sala de aula, 50 anos depois.

Denominada de Conexões Repressivas e Redes de Solidariedade: repressão e resistência no Cone Sul, essa proposta tem como objetivo compreender a formação das redes de solidariedade como uma estratégia de resistência e de sobrevivência à repressão imposta pela ditadura; perceber as relações entre os aparatos repressivos dos países do Cone Sul. Para construí- la, a equipe do projeto utilizou como fonte um processo de indenização de um ex-preso político do período, Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido como Frei Betto. Acesse aqui o arquivo da proposta.

Caso o professor tenha interesse em acessar uma cópia na íntegra do fonte utilizada na construção da proposta, clique aqui. Para acessar as propostas anteriores, clique aqui.

Um ótimo trabalho professora e professor!

Mulheres no APERS, gênero e história IV

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Em abril de 1949 Nelly, 42 anos, ferroviário de Uruguaiana, moveu ação de desquite contra sua esposa Julia, 38 anos, de afazeres domésticos, com quem era casado a mais de 20 anos, desde 1927, e tinha sete filhos. Há tantos anos atrás, período em que grande parte das pessoas via o casamento como indissolúvel, parece estranho entender o que motivaria tal separação, mas a análise do processo de desquite litigioso nos aproxima da história desse casal e contribui para aproximarmos da realidade social em questão.

Nelly solicita o desquite alegando que Julia teria abandonado o lar conjugal e se entregado à prostituição. Julia contesta o argumento de abandono do lar dizendo que viajou a capital para realizar tratamento médico, e que o mesmo não poderia ser caracterizado conforme estipulava a legislação porque não haveriam decorrido dois anos de sua ausência. Além disso, alega que o próprio Nelly a impedira de retornar ao lar, como expressara em cartas a ela e às filhas, nas quais também a injuriava e ofendia, “imputando-lhe graves calúnias”. Da mesma forma, contesta o argumento de que teria se entregado à prostituição. Assim, Julia solicita que a ação fosse julgada improcedente.

Ainda que em um contexto de menor participação feminina e de desigualdade nas relações de gênero, é interessante notar que nesse caso a mulher faz uso da Justiça, buscando argumentar e contrapor os argumentos sustentados pelo marido, e obtém sucesso na ação. Julia não apenas contesta a alegação de que teria se entregado a prostituição, ao que chama de infâmia, como afirma que, após sua saída do lar, o autor “co-habitou com a Ré, perdoando-a, como considera o paragrafo único do artigo 319 do Cod. Civil brasileiro, não servindo de motivo para o desquite a prostituição, si porventura existisse”. Neste caso, a ré quer dizer que, após ter-se afastado, e ter sido repelida pelo marido, indo morar em uma pensão, Nelly foi visitá-la, passando a noite com ela com promessas de retomarem o relacionamento, o que caracterizaria o “perdão” que anularia o adultério, conforme a lei.

Tendo atestados médicos e cartas como provas materiais, comprova que se afastou do lar para tratamento em Porto Alegre, e que foi impossibilitada de voltar pelo próprio marido. A ré lista cinco testemunhas, sendo quatro mulheres e um homem. Uma delas afirma ter alugado quarto em sua pensão para Julia, que demonstrou ser uma senhora séria e honesta, que lhe confessou que estava fora de casa pois seu marido a havia expulsado para viver com outra mulher. Confirmou, ainda, que em certa noite ele esteve junto de sua esposa na pensão, dando a entender que poderiam reatar.

Nelly solicita duas testemunhas, dois homens. O primeiro declarou não saber de nada a respeito do caso, em flagrante complicador para a versão do autor. O segundo declarou ter conhecido Julia em uma festa de Nossa Senhora dos Navegantes, tendo mantido relações sexuais com a mesma ao sair da festa. Afirmou que ela contou ser casada, e que apenas cerca de dois anos depois ele conheceu o marido da ré, que se tornou seu colega de trabalho. Disse, porém, que a ré não parecia estar acostumada a essas “aventuras”, pois inicialmente encontrou alguma resistência da parte dela. Julia questiona essa testemunha. Em acareação afirmou que nunca o tinha visto antes, e que provavelmente era uma testemunha comprada pelo marido, que deseja livrar-se dela.

Ao final, a ação é julgada improcedente, já que não é comprovado o abando do lar por vontade da ré, e já que o autor coabitou com ela depois do suposto adultério, demonstrando tê-la perdoado. Interessante notar, porém, que o juiz menciona a inexistência de provas suficientes para condená-la enquanto cônjuge culpada e para viabilizar juridicamente o intento de Nelly, mas destaca que isso se dá “a pesar da má fama” de que dispunha a ré, com uma conduta que “deixa muito a desejar, sendo objeto de maliciosos comentários, em Uruguaiana” por fazer viagens sozinha e por suspeitas de adultério. Observa-se também a acusação de prostituição como uma alegação comum em processos desse período, muitas vezes utilizada como sinônimo de adultério.

Percebe-se aqui a dificuldade encontrada pelas mulheres perante a Justiça, ainda que tentassem manejar seus mecanismos e deles favorecer-se, em um período em que a moral da sociedade em geral colocava em lados tão opostos as condutas esperadas de homens e mulheres. Afinal, em momento algum foi questionado o comportamento do autor, que havia levado outra mulher para coabitar em sua casa, mesmo não estando separado. Percebe-se a necessidade constante da mulher provar sua honra e manter-se casta e honesta.

Acompanhe abaixo em mais detalhes, a partir das digitalizações, os argumentos utilizados por advogados, juiz e testemunhas, observando os esforços de Julia para comprovar sua vida honesta, enquanto em momento algum é questionado o comportamento do autor.

Campanha do Agasalho 2014: posto de coleta no APERS

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Conforme a iniciativa do Governo do Estado do RS, a Divisão de Relações Comunitárias – a partir da Central de Doações da Defesa Civil – já está recebendo peças de roupa para a Campanha do Agasalho 2014. Nesse sentido, comunicamos que, além da estrutura instalada no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) e de outros locais da rede de postos de coleta, em Porto Alegre, o Arquivo Público do RS também está coletando doações de agasalhos.

O APERS fica situado no centro da capital, na Rua Riachuelo, n° 1031 e recebe doações de segunda a sexta-feira, durante o seu horário de funcionamento: das 8h30min às 17h. Participe!

2014.07.09 Campanha_do_Agasalho

 

AAAP convida: Origens – Oficina de Genealogia

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Com o intuito de instrumentalizar o público interessado em iniciar uma pesquisa genealógica e difundir as fontes documentais disponíveis do APERS e do RS a Associação de Amigos do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul – AAAP, oferece a oficina Origens – Oficina de Genealogia, no próximo dia 19 de julho, sábado. Participe!

2014.07.02 Oficina Genealogia - Cartaz

 

Explorando o SIARQ/RS: Tabela de Temporalidade de Documentos

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explorando-o-siarqrs

Ao iniciar mais um “Explorando o SIARQ/RS”, queremos ressaltar que houve alteração da legislação sobre a gestão documental para a Administração Pública Direta do RS, sendo atualmente a Instrução Normativa nº 02, de 22 de maio de 2014, que dispõe sobre o Plano de Classificação de Documentos (PCD) e Tabela de Temporalidade de Documentos (TTD).

Assim, dando continuidade à proposta de disseminar as informações, normativas do SIARQ/RS e suas aplicações, neste mês abordaremos sobre a TTD para a Administração Direta, anexo II da IN 02/2014.

A TTD é um instrumento técnico de gestão documental que está inserido nas atividades de avaliação de documentos. Podemos conceituar avaliação documental como o processo de análise de documentos tendo em vista à fixação dos prazos de guarda, visando estabelecer sua destinação de acordo com os valores que lhe são atribuídos. Desse modo, a TTD é um instrumento de destinação que determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos, aprovado por autoridade competente.

A TTD para a Administração Direta é estruturada pelas Funções, Subfunções, Séries e Subséries do PCD, acrescida pelos campos: Etapas de desenvolvimento da atividade que é a sequência em que esta é desenvolvida e sua consequente produção documental; Prazo de guarda é o prazo definido, baseado em estimativas de uso, em que os documentos deverão ser mantidos na unidade; Destinação onde está determinado o seu encaminhamento para a eliminação, recolhimento ou recolhimento por amostragem; e Dados complementares compreende informações sobre os documentos e a fundamentação jurídica ou administrativa se houver.

Os órgãos da Administração Direta devem utilizar o PCD e aplicar a TTD para identificar e avaliar seus acervos. Os documentos avaliados em idade corrente e intermediária devem permanecer nas unidades produtoras até cumprirem o prazo definido pela TTD. Após esse tempo, de acordo com a destinação, os documentos ou serão eliminados ou recolhidos, neste caso os documentos com valor histórico ou permanente são encaminhados ao Arquivo Público do RS.

É válido ressaltar que a aplicação dos instrumentos PCD e TTD na Administração Pública são atividades fundamentais para que ocorra efetivamente a gestão documental, pois evita o acúmulo e depósito de documentos, promove o remanejamento dos espaços para Arquivos e, pricipalmente, facilita a localização das informações.

Para a próxima postagem vamos preparar o mesmo exercício feito com o PCD, vamos apresentar a aplicação da TTD, elucidando com exemplos.

Clique aqui para ler outras postagens sobre o SIARQ/RS.

Exposição OLHARES será prorrogada

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2014-03-12-convite-exposic3a7c3a3o-olharesDevido ao seu sucesso, a exposição OLHARES, organizada pela Comissão de Cultura do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), em homenagem ao aniversário de 108 anos do Arquivo Público do RS, será prorrogada.

OLHARES é uma exposição fotográfica constituída de 18 imagens de autoria dos desembargadores Vânia Mattos e João Paulo Lucena e dos servidores Miguel Ângelo e Maria Clara Lucena Adams.

A mostra ficará em cartaz até o dia 31 de julho. O horário para visitação é de segunda a sexta-feira das 8h30min às 17h, andar térreo do APERS.

Sábados de funcionamento da Sala de Pesquisa do APERS – mês de Julho

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2014.07.02 Sala de pesquisaA Sala de Pesquisa do APERS abre um sábado por mês, das 9 às 14 horas, mediante solicitação prévia da documentação.

No mês de julho a Sala de Pesquisa abrirá no sábado, dia 19.

Os pesquisadores interessados em realizar suas pesquisas podem solicitar previamente os documentos no balcão de atendimento presencial ou por email (saladepesquisa@sarh.rs.gov.br), telefone (51 3288 9104) ou, ainda, através do Balcão Virtual.

Agende sua pesquisa!

APERS em Números – Junho 2014

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Confira alguns dados referentes aos serviços realizados no APERS durante o mês de junho:

Usuários atendidos: 550

Atendimentos aos usuários: 1.186

Busca e rearquivamento: 1.972

Documentos recuperados: 125

Encaixamento: 120

Indexação Sistema AAP: 4.209

Oficinas de educação patrimonial: 08

Reprodução de documentos: 567

Visitas guiadas: 04

Visualizações blog institucional: 7.248

Visualizações blog temático: 2.149

Veja abaixo gráfico com os quantitativos diários de atendimento aos usuários referente ao mês de junho:

2014.07.02 APERS em Números - Gráfico

Gráfico de atendimentos realizados aos usuários do APERS em junho de 2014

Saiba mais sobre os serviços que o APERS presta a comunidade.

Oficinas de Educação Patrimonial – Junho

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Imagem para post Oficinas

Confira as escolas que participaram das Oficinas de Educação Patrimonial oferecidas pelo APERS durante o mês de junho:

Dia 03: os alunos do 6º Ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Thereza Noronha Carvalho participaram da oficina “Os Tesouros da Família Arquivo” acompanhados pela professora Maria José Höerlle. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 04: os alunos do 9º Ano do Centro Educacional Santa Isabel – CESI Vianópolis participaram da oficina “Desvendando o Arquivo Público: Historiador por um dia” acompanhados da professora Amanda Silva. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 10: os alunos da 3ª série EM – EJA do Colégio de Aplicação UFRGS participaram da oficina “Resistência em Arquivo: Patrimônio, Ditadura e Direitos Humanos” acompanhados dos professores Vanderlei Machado e Isadora. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 11: os alunos da 2ª Série EM do Colégio Tiradentes da Brigada Militar participaram da oficina “Resistência em Arquivo: Patrimônio, Ditadura e Direitos Humanos” acompanhados da professora Renata Johann. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 12: os alunos do 7° Ano EF do Centro Educacional Santa Isabel – CESI Vianópolis participaram da oficina “Os Tesouros da Família Arquivo” acompanhados da professora Amanda Silva. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 24: os alunos do 5º Ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Herbert José de Souza participaram da oficina “Os Tesouros da Família Arquivo” acompanhados pelo professor Marcelo Roberto da Silva Rios. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 24: os alunos do 5º ao 8º Ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aurialícia Chaxim Bes participaram da oficina “Os Tesouros da Família Arquivo” acompanhados pelos professores Eliane Geno e Joel Ferreira. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Dia 26: os alunos do 6º Ano da Escola Estadual de Ensino Médio Rafaela Remião participaram da oficina “Os Tesouros da Família Arquivo” acompanhados pela professora Laura Ferrari. Clique aqui para acessar o álbum de fotos.

Para saber mais sobre nossas oficinas clique aqui.

Visitas guiadas ao APERS – junho 2014

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No mês de junho foram realizadas 04 visitas guiadas ao conjunto arquitetônico do Arquivo Público do RS. Visitaram nossa instituição:

Dia 04: 14 alunos da segunda etapa do Curso Técnico em Secretariado da Escola Técnica Estadual Irmão Pedro, acompanhados pelo professor Vinícius Mitto Navarro.

Dia 07: 15 alunos do Curso de Extensão Pesquisa Histórica em Fontes Judiciais da FAPA, acompanhados pela professora Cíntia Vieira Souto.

Dia 12: Diego R. Cesar Esquerdo, que fez a visita guiada para conhecer o APERS e o seu funcionamento.

Dia 14: 35 alunos do 1° semestre do Curso de Arquivologia da FURG, acompanhados pela professora Roberta Pinto Medeiros, que ministra a Disciplina de Fundamentos em Arquivologia. A visita teve a finalidade de mostrar aos alunos a estrutura, o funcionamento e as atividades de um Arquivo para que eles pudessem vivenciar um espaço fora da Universidade.

Guias: Clarissa Sommer Alves, Iara Gomide Machado e Maria Lúcia Ricardo Souto.

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