Flávia Pozzebon, 28 anos, é formada em Ciências Sociais (2005), Arquivologia (2007) e especialista em Gestão Documental (2011) pela UFSM. Atualmente é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural pela UFSM e funcionária pública na área de licitações. Confira nossa entrevista com Flávia:
Blog do APERS: Flávia, você poderia comentar um pouco sobre como surgiu a ideia de pesquisar sobre os sítios dos arquivos Públicos da Região Sul do Brasil?
Flávia: A ideia surgiu da necessidade de buscar informações em sítios de arquivos públicos brasileiros. A partir deste momento pude vivenciar as dificuldades encontradas pelos usuários, quando da realização de suas pesquisas, principalmente pela falta de objetividade e facilidade na localização dos serviços prestados nos sítios. Diante desta situação, senti-me motivada a trabalhar mecanismos que propiciassem às instituições arquivísticas a melhoria das suas home pages e consequentemente facilitassem as pesquisas de seus consulentes.
Blog do APERS: como se deu a sua aproximação com este tema?
Flávia: Quando elenquei as dificuldades encontradas na busca por informações nos sítios dos arquivos públicos, decidi que era dada a oportunidade de desenvolver algum projeto que atendesse de maneira satisfatória as instituições na construção de seus portais. Diante disso, e com auxilio da minha orientadora Professora Fernanda Kieling Pedrazzi, escolhi estudar os sítios dos arquivos públicos da região sul do Brasil, pelo critério de localização geográfica. A partir deste recorte, pude deter minha pesquisa a estes espaços, através da observação dos sítios quanto aos serviços prestados, sistemas de busca, apresentação visual, entre outros.
Blog do APERS: qual a importância desta vivência para tua atuação enquanto profissional?
Flávia: Como profissional, muitas vezes, nos detemos tão somente em técnicas e teorias, amplamente discutidos na academia, e esquecemos-nos do papel dos usuários na construção destes espaços disseminadores da informação. Quando me despi dos preceitos arquivísticos, pude vivenciar na prática as dificuldades encontradas pelos consulentes na busca por informações no ambiente virtual. Foi então que tracei uma crítica à apresentação dos sítios dos arquivos públicos, muito mais como uma maneira de chamar a atenção ao tão discutido assunto “acesso à informação”. Ora se, cada vez mais, nos é garantido o acesso à informação, que ele seja, então, de maneira clara e objetiva e que o ambiente virtual possa, de fato, ser chamado de democrático, atendendo às necessidades dos mais diferentes tipos de usuários.
Blog do APERS: qual a sua dica para os pesquisadores que estão começando agora a lidar com fontes primárias?
Flávia: Creio que o primeiro passo é definir um tema, ou seja, o que se quer pesquisar. A partir daí é necessário refinar a sua busca, através da consulta de informações que lhe sejam relevantes. E o mais importante, a sociedade precisa de pesquisadores, não só os acadêmicos, professores, enfim, mas todos aqueles dispostos a aprender, independente da sua formação. As instituições arquivísticas devem, como dito anteriormente, ser encaradas como espaços democráticos e ao alcance de todos. A sociedade, portanto, precisa cada vez mais estar familiarizada a esta realidade.
Blog do APERS: nas suas horas vagas, quando não estás pesquisando, quais são os teus hobbies ou tuas atividades preferidas de lazer?
Flávia: A curiosidade é o que me move, então quando não estou pesquisando ou trabalhando, gosto muito de aprender sobre os mais variados assuntos. Aprecio muito literatura brasileira, artes, Direito e, além disto, viagens e cinema.
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Saiba mais sobre a pesquisa: Difusão de informação e acessibilidade de arquivos: um estudo dos sítios dos arquivos públicos da região sul do Brasil
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